Damos início nesta quarta-feira ao santo tempo da Quaresma.
A Quaresma um tempo especial dedicado a um combate mais denso contra as nossas tendências pecaminosas. Não se trata, portanto, de um período em que a Igreja simplesmente se veste de roxo, mas de um kairós, ou seja, um tempo oportuno para nossa conversão.
Para viver bem esse período, o homem deve conhecer o seu fundo mau e reconhecer-se necessitado da graça divina. O tempo da Quaresma é esse tempo em que o homem passa quarenta dias meditando sobre a Paixão de Nosso Senhor, a fim de afastar-se do homem velho e, na Páscoa, ressurgir como um homem novo.
Na Quaresma, a Igreja nos exorta a praticar a esmola, o jejum e, sobretudo, a oração, como descrito no Sermão da Montanha (cf. Mt 6). Essas três práticas servem para “matar” o homem velho dentro de nós e abrir o nosso coração à graça santificante. Elas desligam o motor do pecado — isto é, aquilo que São João chama de concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida (cf. 1Jo 2, 16) — e dispõem as nossas almas a serem movidas pelo amor de Deus. O jejum mortifica a concupiscência da carne, a esmola mortifica a concupiscência dos olhos e a oração mortifica a soberba da vida.
Fonte: padrepauloricardo.org